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Este ano o grupo Pioneiro teve sorte e conseguiu fazer o primeiro acampamento do ano em 3 dias. O ACAPIO começou na Sexta-Feira à noite mais ou menos às 9 horas da noite e todos juntos, e de mochilas às costas, seguimos para a paragem do Cais do Sodré. Saímos na paragem de Sete Rios e cheios de boa disposição entrámos numa camioneta que nos ia levar até ao nosso destino. Quando entrámos a paz e a calma nunca mais voltaram aquela pacata camioneta. O tempo ia passando entre muitos risos e histórias assustadoras (ou não) e fomo-nos aproximando da paragem final: Torres Novas.Saímos, desfardámo-nos e o nosso raid nocturno teve início à meia-noite. Foram-nos dadas as primeiras pistas do jogo que revestia o raid que se centrava num desaparecimento misterioso e num silencioso homicídio que tinha por título: "Quem tramou o João?". Tirámos as coordenadas do primeiro posto e começámos a caminhada pelas desconhecidas estradas. À medida que nos íamos enfiando por caminhos mais "naturais" e desconhecidos o mau tempo ia-se começando a fazer sentir. O primeiro raid nocturno, enquanto Pioneiros, dos nossos dois noviços ia se desenrolando entre chuviscos, furiosos trovões e relâmpagos e podemos dizer que eles se safaram bastante bem. A actividade nocturna foi comprida em 4.30h sendo que o suposto seria 4h (mesmo assim não foi muito mau). O pior foi quando chegámos ao sítio suposto às 4:30 horas da manhã e batemos com o nariz no portão pois o Parque Escutista estava fechado. Estafados e debaixo de chuva montámos um género de abrigo no meio do escuro com o pano de chão e os panos de tenda. Desdobrámos os sacos cama e aconchegámo-nos o mais possível para dormitar durante uma horinhas. Durante essas horas houve quem tenha passado muito bem e quem tenha passado muito mal: Digamos que, enquanto uns dormiam entre poças de água, outros morriam de frio e ainda outros dormiam calmamente sem qualquer arrepio. Amanheceu e sempre muito aconchegados por causa do frio fomos tomando o pequeno-almoço e concluindo o jogo da noite anterior. Estávamos a reflectir em grupo quem teria sido que tramou o João quando o chefe que tinha as chaves do parque escutista chegou para nos abrir a porta (talvez um bocadinho atrasado). Entrámos e deixámos as nossas coisas numas das salinhas que nos ia servir de abrigo para dormir nas duas noites que ainda viriam. Depois de desmontar o nosso "tecto" da noite anterior (que nos ocupou o resto da manhã) fomos almoçar na companhia de dois elementos da chefia da IIª Secção (pois os Exploradores estavam prestes a chegar). A tarde foi ocupada com as nossas famosas construções. Como não poderia deixar de ser construímos a nossa maravilhosa mesa. Ia escurecendo e fomos desfrutar da cozinha que o parque nos oferecia (sempre estávamos mais abrigados do frio e da chuva). A seguir a jantar e à lavagem da loiça tivemos um momento de convívio entre muitas bácoras e trapalhadas e outro momento de debate e reflexão. Fizemos um debatezinho sobre: Saídas à noite, sexo e outros assuntos relacionados. No Domingo ocupámos a nossa manhã com uma ida à missa (onde durante o caminho o Miguel pôde provar as laranjas da vizinhança). Regressámos ignorando o mau tempo que se fazia sentir. Fizemos o almoço mas depois, à tarde, já não podemos ignorar mais a intensa chuva que nos acabou por estragar a actividade suposta: não podemos fazer o nosso atelier de machada e serrote devido às péssimas condições meteorológicas. Jantámos e depois do jantar fizemos uma partilha diferente daquelas a que estávamos habituados. Desta vez a partilha consistiu em respondermos em consciência a umas perguntas sobre os nossos objectivos de vida e descoberta pessoal. Depois de respondido essas folhas foram seladas e postas dentro de uma caixa que só será aberta no dia da nossa partida para o Clã para assim poder-mos ver se os nossos objectivos actuais foram cumpridos ou não. O dia acabou com um maravilhoso chazinho e bolachinhas que nos aqueceram perante o imenso frio. Já na Segunda-feira de manhã, demos asas à nossa curiosidade e fomos explorar um pouco o parque escutista que tinha uma pedreira fantástica (que nos proporcionou umas belas fotos). A última

manhã naquele sítio maravilhoso ia passando, agora com o sol a brilhar que nos aquecia como nunca tinha feito naquele acampamento. Depois do almoço a tarde foi ocupada com as arrumações e desmontagens de campo habituais. Como não podia deixar de ser, nunca nos parávamos de rir, (também com as bacoradas da Carolina e da Daniela era impossível). Tal que a última imagem que tivemos em campo foi de gargalhadas sentidas e sorrisos calorosos. Entrámos na Camioneta que nos levou de volta a casa e muitos de nós passaram essa hora e meia a dormir (ou melhor a dormitar). Chegámos a Santos e arrumámos o material minimamente na sede.Agora esperamos por mais actividades onde possamos estar juntos, sempre com muita boa disposição.
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